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FLORESTA VIVA

Restauração ecológica dos biomas brasileiros com recursos do Fundo Socioambiental do BNDES e de instituições apoiadoras

FUNDO DA AMAZÔNIA ORIENTAL

Iniciativa inovadora para uma economia sustentável e de baixo carbono

AMAZÔNIA VIVA

Mecanismo de Financiamento Amazônia Viva fortalece organizações, negócios e a cadeias da sociobiodiversidade

PESQUISA MARINHA E PESQUEIRA

Conheça a iniciativa de apoio à Pesquisa Marinha e Pesqueira no Rio de Janeiro

ARPA

O maior programa de conservação de florestas tropicais do planeta

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Postado dia 2 junho 2025

Com financiamento de até R$ 2 milhões, programa ‘Bolsas FUNBIO – Conservando o Futuro’ abre inscrições para edição 2025

O FUNBIO anuncia o lançamento da 8ª edição do Programa Bolsas FUNBIO – Conservando o Futuro, em parceria com o Programa Fonseca de Liderança, do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF na sigla em inglês). As instituições irão destinar até R$ 2 milhões a projetos de mestrandos e doutorandos brasileiros para ampliar e apoiar pesquisas de campo em todos os biomas brasileiros. O início da chamada será em 5 de junho, data duplamente especial, quando se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente e o aniversário do FUNBIO, que completa 29 anos investindo na conservação da biodiversidade brasileira. Lançado em 2018, o Bolsas FUNBIO - Conservando o Futuro foi criado com objetivo de apoiar a formação profissional e acadêmica de uma nova geração de cientistas e tomadores de decisão na temática socioambiental. As propostas, que devem ser obrigatoriamente de pesquisa aplicada, se relacionam a quatro eixos específicos: conservação, manejo e uso sustentável de fauna e flora; recuperação de paisagens e áreas degradadas; gestão territorial para proteção da biodiversidade; e mudanças climáticas e conservação da biodiversidade. Desde 2023, o programa conta com a parceria do GEF, o que amplia, significativamente, a visibilidade e a expansão da pesquisa científica na área de biodiversidade. "É uma satisfação ver o crescimento do programa e, principalmente, constatar como o apoio resultou em descobertas e avanços concretos na formação de mais de 200 pesquisadores em todo o Brasil. A parceria com o GEF é mais um o muito importante para ampliar ainda mais essa rede de conhecimento e conexões, baseada no conhecimento científico. Espero que, nos próximos anos, a abrangência aumente ainda mais, assim como as transformações positivas nas carreiras desses jovens cientistas”, enfatiza a secretária-geral do FUNBIO, Rosa Lemos de Sá. O programa já apoiou 216 bolsistas - doutorandos (170) e mestrandos (46) -, dos quais 120 mulheres e 96 homens, de 53 instituições de ensino de todas as regiões do Brasil. Entre os contemplados está Juliana Fonseca, pesquisadora debruçada sobre a eficácia das áreas marinhas protegidas e a relação com os peixes recifais, que têm importante papel para manutenção dos recifes e corais, ao mesmo tempo em que são alimento essencial para muitas comunidades. A doutoranda da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) vai fazer uma comparação temporal da comunidade de peixes recifais para entender o que houve com essas populações em dez unidades de conservação (UCs) marinhas. “O meu projeto irá indicar como essas áreas marinhas protegidas estão sendo efetivas na proteção dos grupos diferentes de peixes recifais e também ter uma ideia de como os grupos-chave de peixes recifais e possivelmente ameaçados estão, como as garoupas e os budiões. Os budiões, por exemplo, em algumas regiões estão extintos localmente e em outras ainda são extremamente pescados”, explica Juliana. “O apoio do Bolsas vai ser fundamental para que eu possa obter esses novos dados e ter de fato uma comparação temporal”, conta a pesquisadora. A partir dessas respostas, será possível entender também as demandas específicas de cada UC – aprimorar a fiscalização, ter um plano de manejo adequado ou um ordenamento da visitação, por exemplo – e auxiliar no desenvolvimento de novas estratégias. Rede internacional de troca O Programa Bolsas FUNBIO - Construindo o Futuro representa um estímulo à pesquisa científica nacional, além de criar redes de conhecimento e apoiar futuros líderes. A iniciativa, além de apoiar e investir em jovens cientistas na transformação de propostas em conhecimento aplicável à conservação ambiental, preenche uma possível lacuna de financiamento numa das mais importantes etapas de formação de cientistas: as pesquisas de campo. Outro ponto que merece destaque é que com a parceria com o GEF, um dos maiores financiadores de projetos ambientais no mundo, os melhores estudos permitem que os bolsistas integrem o Fonseca Leadership Program (Programa Fonseca de Liderança, em tradução livre), criado em homenagem ao biólogo Gustavo Fonseca que, à frente da direção de programas da instituição, viabilizou algumas das mais importantes iniciativas de conservação ambiental do planeta. O Fonseca Leadership Program apoia a formação de novos líderes e a integração em uma rede internacional, ampliando as conexões, o conhecimento e o alcance dos seus estudos. "O programa é global. Apesar de recente, nós já estamos com uma rede de 166 Fonseca fellows, como são chamados os bolsistas, presentes em todos os continentes. Nós estamos começando agora uma iniciativa de realmente fazer essa rede dos bolsistas. Temos uma estratégia também de trazer esses bolsistas, principalmente aqueles que mais se destacam, para participar de discussões de políticas globais, relacionadas às agendas de conservação", afirma a chefe da Divisão de Parcerias do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), Adriana Moreira Como se inscrever O processo seletivo é composto por três etapas (consecutivas e eliminatórias): inscrição e enquadramento; análise do projeto; cartas de recomendação e demonstração de interesse e classificação final das melhores propostas. Os trabalhos devem estar relacionados a um dos seguintes eixos temáticos: Conservação, manejo e uso sustentável de fauna e flora Recuperação de paisagens e áreas degradadas Gestão territorial para proteção da biodiversidade Mudanças climáticas e conservação da biodiversidade O candidato deverá realizar a inscrição no formulário on-line do programa pelo Portal de Chamadas do FUNBIO. A data final para inscrição é dia 31/07/2025, até as 23h59 – horário de Brasília. O resultado do processo seletivo será divulgado até o final do ano pelo site e mídias sociais do FUNBIO. Sobre o FUNBIO: O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) é um mecanismo financeiro nacional privado, sem fins lucrativos, que trabalha em parceria com os setores governamental, empresarial e a sociedade civil para que recursos estratégicos e financeiros sejam destinados a iniciativas efetivas de conservação da biodiversidade. Desde o início das atividades, em 1996 o FUNBIO já apoiou mais de 700 projetos que beneficiaram número superior a 400 instituições em todo o país. Entre as principais atividades realizadas estão a gestão financeira de projetos, o desenho de mecanismos financeiros e estudos de novas fontes de recursos para a conservação, além de compras e contratações de bens e serviços. É a única instituição da sociedade civil no Hemisfério Sul acreditada tanto como agência implementadora do GEF, o Fundo Global para o Meio Ambiente, quanto do GCF, Fundo Global para o Clima. Sobre o Fonseca Leadership Program Em memória do cientista tropical Gustavo Fonseca e suas contribuições para a conservação da biodiversidade, o Fundo para o Meio Ambiente Mundial (GEF) criou o Programa Fonseca de Liderança. Nomeado em homenagem ao Diretor de Programas do GEF falecido em 2022, o programa se baseia em parcerias com diversas iniciativas institucionais já existentes, dedicadas a formar e apoiar a próxima geração de conservacionistas. O objetivo é atender necessidades e requisitos específicos de profissionais de conservação de países em desenvolvimento e países com economias em transição, beneficiários do financiamento do GEF. O programa destaca dois aspectos da formação de um profissional de conservação: formação acadêmica formal de pós-graduação e trabalho de campo em conservação. Todas as parcerias estabelecidas se concentram em uma região geográfica específica e em treinamentos de pós-graduação ou bolsas de campo. Para mais informações, entre em contato: Andréa Copolilo: [email protected] 21 98272-7498 Katia Carneiro: [email protected] 21 99978-2881

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Postado dia 2 junho 2025

Comunidades extrativistas de Lábrea aumentam o faturamento com melhorias na produção de óleos vegetais

Mais de 500 famílias de comunidades extrativistas, em Lábrea, no Amazonas, garantem o sustento e preservam a floresta com a coleta sustentável do murumuru, andiroba e tucumã e com a produção de óleos vegetais. Desde 2023, com o apoio do Programa COPAÍBAS, o projeto Óleos de Lábrea, coordenado pela Associação dos Produtores Agroextrativistas da Colônia do Sardinha (Aspacs), comprou quebradores de murumuru, um barco e instalou secadores solares, apelidados de “casas de secagem”. A nova embarcação, chamada de voadeira, diminuiu o prazo de entregas, já que algumas rotas, entre as comunidades e a sede da associação, chegam a levar sete horas. Com a voadeira, essa rota cai para cerca de três horas. Já as “casas de secagem” contribuem para a diminuição de perdas de sementes, principalmente no período de enchentes, garantindo a venda da produção. O extrativismo de murumuru, fruto de uma palmeira tropical utilizado na fabricação de hidratantes e sabonetes, tem atraído novos coletores. De acordo com a associação, em 2024, o número de produtores quase dobrou em relação à 2023: de 75 ou para 135. E a produção de murumuru, em 2024, chegou a 69 toneladas, aumentando o faturamento das comunidades envolvidas em mais de R$ 103 mil. Há cinco anos, Oséias de Souza, 40 anos, ou a atuar na cadeia do murumuru junto com a esposa e outras 17 famílias da comunidade Vila Souza, beirando o rio Purus que nasce no Peru e atravessa o Acre e o Amazonas. Com a demanda da associação, que já atua há 28 anos na região, ele viu mais uma possibilidade de aumentar a renda familiar. Antes, dedicava-se à extração de andiroba e açaí. “A palmeira é espinhosa, não é fácil coletar, mas a associação abriu mais uma oportunidade de renda para algo que se perdia na floresta. A coleta acontece nos meses de abril a agosto. Mas é sempre um desafio, porque nós também já amos por enchentes e isso atrasa a coleta e já fez perder os frutos. Com a chegada das casinhas secadoras, melhoramos a produção e entregamos o produto já pronto para associação”, conta Oséias, que também foi beneficiado com a chegada de um quebrador de murumuru em sua comunidade. Além da Vila Souza, as comunidades Pupur e Jitimari também receberam o equipamento, facilitando a extração das sementes e evitando o transporte de 22 mil toneladas de resíduos. “Com esse projeto, conseguimos melhorar o armazenamento, a logística de transporte e o monitoramento da coleta. Antes, os produtores faziam a secagem na varanda de suas salas e, muitas vezes, tinham perdas consideráveis por conta de volumes inesperados de chuvas. Ano ado, com as novas aquisições, tivemos um bom rendimento e os benefícios do apoio também favorecem ao extrativismo de outros óleos, o que pode garantir renda o ano todo”, destaca Kelly Ferreira, presidente da associação. A extrativista Luiza Santos, 40 anos, também aderiu aos frutos do murumuru como fonte de renda para sua família, mas ainda prefere realizar a extração do óleo de copaíba. “É um projeto que garante uma boa renda. Gosto muito de extrair o óleo de copaíba, mas para trabalhar com copaíba tem que saber manejar e eu já tenho experiência. Já o murumuru dá mais trabalho”, conta.

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